terça-feira, 12 de março de 2013

O brado nesta senda

Eu tenho uma suspeita imprecisa, e já não é feita de agora, que a continuidade do tempo se dá indefinidamente, irrestrita, segue e sempre se arvora mesmo pra longe daquilo que queira eu, na minha ignomínia, ter. Afinal, não sendo senhor de nada, vivo preso nesta curta estrada, até onde tiver pé pra caminhar,... e quando eu não mais puder andar, não sei qual será minha senda, mas sei que há algo que quer que aprenda a viver e fazer viver mais. Não será tudo perdido! Se tu crês (ou não), verás!

Já me intrometi na vã filosofia, montei todo esquema de axiologia, religião, misticismo e tantos mais... Perdi-me em meio a tanto discurso; já no começo do percurso, senti a dor da angústia voraz. Se te contar que já tenho até gastrite do encarar o vazio do nada, espero que não se irrite com essa verborragia sem fim! Ora, neste véu obscuro que nos separa, não sei se a verdade está em tu ou, de fato, em mim. Contudo - a dor, o arrependimento, ou mesmo a ausência de sentido – não quero viver deprimido, e repito uma vez mais em brado forte e envolvente: deixar de sonhar jamais!

Benedito Rodrigues

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