segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

LAMENTO DO RIO COCÓ

Uma vida que corre,
Corre ameaçada
Por gente de muito saber
Que desmata com prazer.

Seu leito diminui
Causando inundação
Respondendo ao sofrimento,
Que faz a construção.

Apresenta solo rico
A área do manguezal
Plantas altas, plantas baixas
Bem bonitas, sem igual.

Maltratado pelo aterro
Chamado Jangurussu
Coitadinho do rio
Sem norte, nem sul.

A construção ajeitava
A pobre população 
Que do rio judiava
Pra ter seu pão.

Chora o rio de tristeza, 
Chora por desaparecer
Sabendo que o homem
Na construção vai crescer.
  
Invadido está.
Desse jeito não dá!
E o nosso rio?
Irá se acabar.

Ele ecoa um grito
Grito de trovão
Lamento do rio 
E da população. 
  
Os peixes sorrindo,
Não vejo mais!
E nem pulando
Saltos ornamentais.

Nessa terra eu cresci
E nela ficarei
Com minha gente sofrida

E as coisas que lamentei.

Airla Gomes M. Barboza

Nenhum comentário:

Postar um comentário