segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PATRIA LATINA



Las venas todavía abiertas
Hacen la misma pregunta:
¿Hasta cuando, libertad?
¡O nuestra patria latina,
Río corriente de sangre,
Ansia de canto general!
Fusión de tantos colores,
Tierra del tango malevo,
Herencia de mismo crisol.
Herida cubierta de flores,
Llevaron las hojas de oro,
Volando como el gorrión.
¡Condor del cielo latino,
Hay vuelta en la esquina,
Sea el trino del ruiseñor!

Eliton Meneses

domingo, 27 de outubro de 2013

SILENTE

O silêncio
É poético
O vazio
Mais profundo
Que o conteúdo
A dúvida
Mais contundente
Que a certeza
O obscuro
Mais premente
Que a clareza
E nós
Menos concretos
Que os atos.

O puro ato de poetizar
Na criação
Batiza-nos no silêncio
Meu nome não cabe
Em letras.

Benedito Gomes Rodrigues

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

UM POEMA SEM VERSOS



Nada mais agradável do que uma leve caminhada, sandálias havaianas no pé, bermuda jeans e blusa esportiva, sem compromisso algum, pelas ruas de Coreaú, minha terra natal. Depois da labuta diária, final de tarde, em um dia qualquer da semana, atravessando a Praça da Matriz, mirando a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, contemplando, em cada passo, os pedacinhos do meu chão, dirigindo-me até o Mercado Público; dedinho de prosa com alguns bons amigos e, depois, retorno ao aconchego da família. Céu em vida!

Fernando Machado Albuquerque
Professor
Membro da APL

sábado, 19 de outubro de 2013

SONETO A UM ANJO LINDO

A suavidade extremosa de tua pele,
A graciosidade de seus movimentos,
O brilho reluzente dos teus olhos
Deixam-me perplexo perante tanta beleza.

Tu és a donzela dos meus sonhos,
Tu és a causa dos meus encantos,
Tu és a finalidade de minha existência,
Tu és o sol que me alumia.

Tua longínqua presença
Não me afasta do teu perfume
Que está impregnado no ar que respiro.

Quem me dera que algum dia
No auge dos meus devaneios,
Eu possa sentir o néctar dos teus lábios.

Kelvis Albuquerque

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

VIAGENS FANTÁSTICAS











Infinitas viagens fiz
Por este mundo afora
De dia, de noite, qualquer hora
Primeiro foi meu Brasil
País de belezas mil
Rios, fauna, flora, minerais
Praias, serras, animais
Sedenta por outras terras, costumes
Encantei-me e fui atrás.

Viajei pela África, “berço da humanidade”
Suas encantadoras cidades
De estruturas geográficas antigas
África Branca, África Negra, pessoas amigas
Grandiosa vida selvagem
Vales férteis, rios históricos
Desertos gigantes, homens heróicos
Grande contraste da pobreza e riqueza
Uns com tão pouco, outros demais
Mas não me contive e fui atrás
De conhecer muito mais...

A Ásia conheci também
Maior e mais populoso continente
De grandes bacias hidrográficas
Da mais alta cadeia montanhosa
Himalaia: teto do mundo
Lar do Everest
De países de economia forte
Japão, Índia, China
Abrigo de animais raros, diversos
Ursos brancos, renas, hienas, leopardos, tigres...
Povo de fé
Islamismo, hinduísmo e budismo
Religiões principais
Vi muito mais.

Europa, origem do nome na mitologia grega
Não deixei de conhecer
Países de economia desenvolvida
Pessoas com bom viver
Índices sociais entre os melhores do mundo
Continente do euro, moeda mais importante
Predominância de planícies
De formações vegetais como a
Taiga, tundra, estepes, mediterrânea
De rios imponentes: Danúbio, Reno, Volga, Sena, Tamisa...

América de Américo Vespúcio
Conheci também
Segundo maior continente da Terra
Banhada pelos oceanos Pacífico, Atlântico e Glacial Ártico
De forma quase triangular
Com maior largura no EUA e Canadá
Povoada por europeus em diferentes áreas
Climas bastante diversificados
Flora de tundras, estepes, florestas, vegetação de deserto
Fauna de raposas, veados, lebres, serpentes, lagartos, esquilos, aves...

Inúmeros outros lugares conheci
Citá-los e descrever o que vi... impossível...
Alguns belos, fortes, gigantes
Outros frágeis, miseráveis, mas todos importantes
Belezas raras que jamais vou esquecer
Parar de viajar não vou poder
Pois sei da importância que tem a leitura
Para todo ser, para toda criatura
Aqui no meu sofá, na minha rede, seja onde for
Com muito amor e com um livro sempre à mão
Sempre viajarei nas asas da imaginação.

Socorro Moreira
Coordenadora/Professora

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O BRASIL TEM CAMINHADO ASSIM

A História do Brasil está dividida do seguinte modo: Período Colonial (1500-1822); Período Imperial (1822-1889), Período Republicano (1889-1985) e Nova República (1985 até os dias de hoje). 
No Período Colonial, ficou à mercê do Reino de Portugal que, segundo os críticos, levou toda ou quase toda nossa riqueza; durante o Império, esteve sob o mando e os desmandos de Pedro I, no chamado Primeiro Reinado (1822-1831), dos Regentes, no Período Regencial (1831-1840), e de Pedro II no Segundo Reinado (1840-1889); por último, veio a tão esperada República como forma de governo, proclamada no dia 15 de novembro de 1889, e um novo sistema de governo, no caso, o presidencialista, tendo como primeiro presidente o marechal Deodoro da Fonseca. 
A República e o presidencialismo surgiram como uma esperança para o povo brasileiro, pois iriam pôr um fim a todas as mazelas da nação. 
Mas não foi bem assim. Depois de tantos presidentes da República, entre nomeados e eleitos, o Brasil amargou regimes ditatoriais que comprometeram o futuro de sua gente. Em 1988 viu um clarão de luz resplandecer em seu horizonte, com o advento da nova Constituição, tida como a mais democrática e a mais cidadã de sua história. O século XX entrou em seu crepúsculo e a recente ordem democrática ingressou na aurora do século XXI, renovando, em nós, aquela esperança de um Brasil emergente, principalmente na seara econômica. Pela primeira vez, o País elegeu (e com eleição direta) um torneiro mecânico, o senhor Luís Inácio Lula da Silva (o Lula) no ano de 2002 e passou a ser governando por um presidente saído das entranhas do povo, não mais da elite. 
Passados quase 13 anos desse século XXI, o Brasil, no momento governando pela senhora Dilma Rousseff (nascida também das entranhas do povo), ainda não atingiu níveis de qualidade de vida satisfatórios. Vivenciamos um momento crítico, de insatisfação quase generalizada, no qual praticamente nenhum cidadão de bem acredita mais em seus agentes políticos devido ao mar de corrupção que assola nosso "berço esplêndido". Há uma onda de violência urbana jamais vista (furtos, roubos, sequestros, homicídios, etc), bem como nunca se viu tantas crianças e jovens fazendo uso de drogas, educação pública básica totalmente fracassada, outros serviços essenciais, como saúde e transportes deprimentemente sendo prestados, enfim, aquilo que as pessoas esperam dos governantes, infelizmente, não vem a contento. 
Fica a pergunta: – Quais as perspectivas do povo brasileiro para as próximas décadas? 

Coreaú-CE, 09 de outubro de 2013.

Fernando Machado Albuquerque

domingo, 6 de outubro de 2013

MORTECULTURA

Nas beira-rios
Onde havia verde
Há concreto
Frio e morto
Inerte o horto
Que o homem fez
Não há quintais
Só andares
E elevadores
Computadores
Guiam a vida humana
Com sua insana
Fome de plantar
A morte
Em cada pedaço de chão
E aí então
Companheiro
O que colherá?

Benedito Gomes Rodrigues

terça-feira, 1 de outubro de 2013

LANÇADA A 1ª EDIÇÃO OFICIAL DO VEREDAS SINUOSAS - POESIA PROSA

Acaba de sair do prelo a 1.ª edição do livro Veredas Sinuosas Poesia e Prosa), produzido em coautoria por Benedito Rodrigues e Eliton Meneses. Lançado, antes, em caráter experimental, na editora virtual Blurb, o livro agora, revisto e ampliado, foi impresso em editora convencional (Sobral Gráfica e Editora), com a merecida inscrição no ISBN.  

Trata-se do primeiro livro lançado sob a chancela da Academia Palmense de Letras (APL), formado por uma coletânea de textos que retratam, em verso e prosa, vicissitudes do cotidiano, histórias familiares, a militância social e as inquietudes pessoais dos autores, além de outros aspectos da vida e da cultura, especialmente a das terras coreauenses.   

O livro conta com cerca de 170 páginas, em edição esmerada, e pode ser adquirido pelo valor de R$ 15,00 (quinze reais). 

Para adquiri-lo, é só enviar e-mail para os autores: fcoeliton@ibest.com.br (Eliton) ou beneditogr@hotmail.com (Benedito); ou, se preferir, ligar para (88) 9214-9130 (Benedito) ou para (85) 9679-7283 (Eliton).