domingo, 5 de maio de 2013

A AURORA DOS MEUS ANOS

Nino e o Pião, de Márcio Pita

Ah! que saudade que dá
Da meninice querida,
Do belo tempo da vida
Que o cruel tempo levou!

Que amor... quanta saudade
Daquelas noites brejeiras,
Dos namoros inocentes,
Diferentes de agora,
Perto da tamarinheira,
Junto à coluna da hora.

Lembro com muita saudade
Das travessuras que fiz,
Quando água ia buscar
No saudoso chafariz.

A  Palma amada e querida
No tempo em que era menino,
Lembro  do toque do sino,
Nas tardes de domingo
No alto da nossa matriz.

Ah! minha Palma, meu lar,
Do céu das noites escuras,
Das noites de lua cheia,
Lembro com muita saudade
Da minha tenra idade
Que o tempo de mim roubou.

Oh! meus dias encantados
Ah meus sonhos ... as  quimeras
Quão doce a vida era,
Vida de paz e de amor!

Lá no meu interior,
Brincava com a meninada
Nas noites enluaradas,
Ouvindo o sapo cantar!

Tomava banho de açude,
Que alegria, que vida!
Não tinha a vida sofrida,
Que a idade faz penar.

Tempos bons... tanta alegria!
Naqueles anos dourados,
Naqueles tempos passados,
Foi bom tempo de brincar.

Que primor! Relembro agora
Das tardes de brincadeira,
Dos meus carros de madeira
E das gaiolas de palmeira,
Que sempre irei me lembrar!

Na aurora dos meus anos,
Foi tão bom... foi primavera,
Tempo de flores, a vida era.
Nas cheias do nosso rio
O bom mesmo foi nadar.

E não posso esquecer
Dos meus banhos na barragem,
Ficou a mais bela imagem
Do retrato a emoção!
Da canoa do Seu Valto
Bate forte coração!

Aviso a quem é menino
Que não perca tempo agora,
Esta é a trajetória
Que os anos irão levar!

Davi Portela
Membro da APL
(Parodiando Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”)

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